Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Em Nisa, no Museu do Bordado e do Barro está patente a Exposição “Olarias do Alentejo”.
Esta mostra pretende dar a conhecer ao visitante a olaria tradicional do Alentejo, a partir de uma seleção de trabalhos produzidos nos centros oleiros de S. Pedro do Corval, Redondo, Estremoz, Viana do Alentejo, Flor da Rosa e Nisa.
As olarias destes centros representam realidades muito distintas: Em termos de produção, S. Pedro do Corval, no concelho de Reguengos de Monsaraz, destaca-se atualmente com 23 oleirosem atividade. Noque refere á decoração, todas elas possuem características próprias e muito distintas, o que faz com que em conjunto representem a alma destes artesãos alentejanos.
Na exposição que agora está patente m Nisa no museu do Bordado e do Barro faz-se uma abordagem a partir da apresentação de imagens, de vídeos e da exposição de algumas peças, procurando-se que o visitante consiga identificar os tipos de olaria representados na exposição.
Fonte: http://www.metronews.com.pt/2013/11/27/exposicao-olarias-do-alentejoem-nisa/
Os Administradores já o referiram mais de que uma vez, comentários com nomes (ou insinuações) não são aceites.
Basta respeitar, que não hesitaremos em publicar.
Viana do Alentejo JÁ
Participaram na apresenta ção o Embaixador de Espanha em Portugal, D. EduardoJunco, o Presidente da Câmara Municipal de Badajoz, D. Francisco Javier Fragoso, aVereadora Delegada da Feira Badajoz.IFEBA, Dña. Maria Jose Solana, o Vicepresidenteda Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, Dr.Roberto Grilo, o Diretor-geral de Ação Exterior do Governo da Extremadura, D.Enrique Barrrasa, e o Prcsidente da Câmara Municipal de Elvas, Dr. Nuno Miguel Fernandes Mocinha. Assistiram ao evento inumeras autoridades, empresas e organismos públicos de Portugal.
Durante o ato destacou-se a importância das relações entre ambos países, tantoeconómicas, como sociais e culturais, as quais têm como referência a cidade deBadajoz, a sua Instituição Feiral, e especialmente Fehispor, feira luso-espanhola por excelência, com uma importante participação de empresas portuguesas (perto dos 50%), razão pela qual podemos dizer que esta e uma feira tão espanhola quanto portuguesa.
As 125 empresas participantes, das quais uns 60% são espanholas e 40% são portuguesas, ocuparão o total dos 10.000 metros quadrados da superfície das instalaçõesda Instituição Feiral. No que respeita a superfície ocupada, a percentagem é de 50% para ambos os países, sendo assim, a organização considera que o evento consegue, maisuma vez, o objetivo de ser uma referência ibérica.
Algumas das principais empresas e organismos portugueses presentes no certame são: a Agência Regional de Turismo do Alentejo, Ana Aeroportos de Portugal, Associação Empresarial de Elvas, Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, CâmaraMunicipal de Portel, Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, Câmara Municipalde Vendas Novas, Câmara Municipal de Viana do Alentejo, CCDR-Alentejo, DeltaCafés, Diário do Sul, Fundação Alentejo, Município de Coruche, Município de Elvas,Nerpor, Tap Air Portugal, Turismo de Albufeira, Turismo de Portimão e Turismo do Algarve.
Também na apresentação foram destacadas pela sua importância, dentro do programa deatividades paralelas, algumas das seções especiais que terão lugar ao longo da feiramultissectorial, como por exemplo: EXPOREGALO, segundo Salão do Presente, quese apresentou como umaa especial novidade no ano passado, e que devido ao seu êxito, este ano se repete.
As empresas participantes nesta secção apresentam os seus produtos como um avançodas compras de Natal. Há também um espaço gastronómico: ESSENCIAS DO SUL - ENCONTRO DESABORES HISPANO-PORTUGUESES, onde se poderá experimentar a Gran Carta de Tapas, ou ainda visitar os mercados de produtos extremenhos e alentejanos no Mercado Degusta, e conta com o Espaço de Provas, onde se realizarão provas devinho, cerveja e azeite. As atividades relacionadas com o público em geral, também contribuem para atrair à feira os mais de 30.000 visitantes esperados, entre eles, aproximadamente uns 30% sãovisitantes portugueses.
Haverá ainda uma magnífica exposição de automóveis SUPER-DESPORTIVOS, que apresentará doze veículos desportivos das principais marcas como Ferrari, Lamhorghini, Aston Martin...
Desde o ponto de vista empresarial, desde a organização, destaca-se de forma especial,pela sua importância nas relações económicas, o MEETING POINT: LOGÍSTICA,INVESTIMENTO & iNTERNACIONALIZAÇÃO FEHISPOR 2013. Apresentarse-ão jornadas sobre oportunidades de negócio em mercados de interesse tais comoPortugal, Chile, Perú, México, Brasil, Angola, Moçambique e Namíbia, decorrerá aindaa apresentação do Corredor de Inovação Logéstica Sines - Badajoz, por parte da Plataforma Logística do Sudoeste Europeu.
Este meeting point foi organizado pelo Governo da Extremadura, Conselheria deEmprego, Empresa e Inovação, através da Direção-geral de Ordenamento Industrial eComércio, Extremadura Avante, a Câmara de Comércio de Badajoz, a Câmara de Comércio de Cáceres, a Plataforma Logística do Sudoeste Europeu, Fundos Feder eCexeci.
Ainda, dentro das atividades organizadas por Alimentos de Extremadura terá lugar oXI Encontro de Vinhos Extremadura-Alentejo 2013, que premiará os melhoresvinhos de ambas regiões em diferentes categorias.
Fonte: http://www.imprensaregional.com.pt/diariodosul/pagina/seccao/1/noticia/3466
De 6 a 8 de dezembro, abre as portas ao público em Alcáçovas, a 14ª edição da Mostra de Doçaria, organizada pelo Município de Viana do Alentejo e Junta de Freguesia de Alcáçovas.
Como já vem sendo habitual a Junta de Freguesia de Viana do Alentejo voltou a comemorar a noite de São Martinho no Jardim do Rossio.
Numa noite fria, aquecida pelas Castanhas assadas e água-pé e pela presença da população, que uma vez mais aderiu em massa à iniciativa da Junta.
Mostra de Doçaria à porta e não há divulgação.
Nem Cartaz, Nem Programa, nem Nada…
Romaria a Cavalo Moita – Viana do Alentejo 2014 já anda a ser anunciada.
Que coisa mais esquisita!
Viana do Alentejo JÁ
Gastos da Câmara Municipal de Viana do Alentejo com os artistas que actuaram Feira D´Aires = 31.130,07€
Ponto vinte e oito) Proposta de emissão de pareceres prévios relativos aos Espetáculos da Feira D’Aires/2013 (Rita Guerra, Expansive Soul e Camané) – Com os fundamentos constantes das propostas anexas à presente ata e que se dão aqui por integralmente reproduzidos, a Câmara deliberou por unanimidade emitir parecer favorável quanto à contratação dos seguintes espetáculos a realizar por ocasião da Feira D’Aires/2013:
1 - - Espetáculo musical com a artista Rita Guerra, no dia 21 de setembro corrente, a fornecer pela Empresa Bravopalco – Arte Promoções Artísticas Portugal, Ld.ª, mediante o pagamento de 10.000,00 € acrescidos de IVA.
2 - - Espetáculo musical com a Banda “Expensive Soul”, no dia 20 de setembro corrente, a fornecer pela Empresa Lisboagência – Atividades Artísticas, Ld.ª, mediante o pagamento de 8.309,00 € acrescidos de
IVA
3 - Espetáculo musical com o Fadista Camané, no dia 23 de setembro corrente, a fornecer pela Empresa ONC – Produções Culturais, Ld.ª, mediante o pagamento de 7.000,00 € acrescidos de IVA.
Total (IVA incluído) = 31.130.07€
Fonte: Extracto da Acta da Câmara Municipal de Viana do Alentejo do dia 11-09-2013
Apoio da Câmara Municipal de Viana do Alentejo para realização da Corrida de Touros e Garraiada na Feira D´Aires = 4.000€
Ponto dez) Proposta de transferência de verba para a Associação Equestre de Viana do Alentejo (iniciativas tauromáquicas) – A Câmara deliberou por unanimidade transferir para a Associação Equestre de Viana do Alentejo a importância de 4.000,00€, como comparticipação nas despesas de organização de uma corrida de touros e de uma garraiada por ocasião da Feira D’Aires/2013.
Fonte: Extracto da Acta da Câmara Municipal de Viana do Alentejo do dia 11-09-2013
Sobre um concerto em Viana do Alentejo
Até as cantigas eram recebidas de armas nas mãos…
Há precisamente quarenta anos, no dia 3 de Março de 1973 e a pouco mais de um ano da eclosão da Revolução dos Cravos, Viana do Alentejo assistiu àquele que terá sido o mais participado e mediático acto colectivo de resistência contra a ditadura ocorrido na nossa terra: o espectáculo de “canto livre” onde deveria ter actuado, entre outros, o cantor José Afonso.
A ideia desse espectáculo tinha nascido um mês antes, no dia 31 de Janeiro, durante um jantar que decorreu no Monte Alentejano, em Évora, onde se reuniram largas dezenas de oponentes ao regime a pretexto de celebrarem aquela data histórica. Esses jantares, embora vigiados de muito perto pela polícia política – a tenebrosa PIDE -, estavam autorizados desde a chamada “primavera marcelista”, uma tentativa de reciclagem do Estado Novo que, contudo, deixou tudo na mesma… Muito amigo de Francisco Pinto de Sá (pai do anterior presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo), Zeca Afonso participou, cremos que a seu convite, nesse jantar, tendo actuado no final. Acompanhavam-no José Jorge Letria (actual presidente da Sociedade Portuguesa de Autores), o jovem cantor açoriano Carlos Alberto Moniz e a sua companheira de então, a Maria do Amparo.
O Cine Teatro Vianense pertencia, desde 1970, à família Baião, muito ligada aos meios de oposição ao regime. Um dos seus elementos, então estudante em Évora, estava presente nesse jantar, pelo que em conversa com os “cantautores” logo ali delineou a possibilidade de organizarem uma sessão de “canto livre” naquela sala, marcando-se o dia 3 de Março, um sábado de Carnaval, para a sua realização. Sendo sobejamente conhecido que o Zeca Afonso encabeçava uma longa lista de artistas proibidos pelo regime, o espectáculo foi cautelosamente divulgado como sendo de “variedades”, procurando-se assim iludir a vigilância da PIDE. A sua “comissão organizadora” era composta pelo António Murteira, de Évora e pelos jovens Luís Filipe Branco e Francisco Baião, estes dois últimos de Viana.
A partir de Évora foi organizada uma excursão, em autocarro alugado nos “Belos”: o bilhete, vinte escudos, incluía o transporte e a entrada na sessão. Os folhetos de divulgação foram mandados fazer na Tipografia Diana – infelizmente não se conhece nenhum exemplar. O programa incluía, para além de José Afonso, a participação de José Jorge Letria, do grupo vocal “Intróito” (tinham sido lançados, anos antes, no famoso programa da televisão “Zip-Zip” e tinham também participado no Festival da Canção de 1970), um grupo de “free-jazz” da linha do Estoril, os “M.S.A” (em que tocava um outro Chico Baião, mais tarde conhecido como mentor dos “Ortigões”) e o Grupo Coral dos Vindimadores da Vidigueira, este último então liderado pelo saudoso poeta Manuel João Mansos.
As licenças para a sessão foram tiradas na Câmara Municipal pelo Luís Filipe, que vivia em Viana e trabalhava nos escritórios dos “Moinhos de Santo António”. Conseguiu-as sem dificuldade de maior, certamente porque naquela altura se realizavam com alguma regularidade espectáculos de variedades no Cine-Teatro Vianense – a maioria a favor da construção do campo de jogos do Sporting -, pelo que aquele bem pode ter passado por ter sido apenas mais um. Mas também e sobretudo porque o funcionário da câmara que as emitiu, na altura ainda há pouco tempo naquelas funções, desconhecia por completo o interdito que pairava sobre tal naipe de artistas.
A poucos dias do espectáculo e com centenas de bilhetes já vendidos o regime percebeu, finalmente, que tinha autorizado algo que não o devia ter sido. O Luís Filipe foi então mandado chamar à Câmara, sendo-lhe comunicado pelo Andrade, o chefe da Secretaria, que afinal ainda era necessário submeter “à apreciação superior” a lista das canções que iriam ser interpretadas. Alinhavado esse rol de cantigas, no qual os organizadores da sessão tiveram o cuidado de não fazer incluir temas que, à partida, ainda comprometeriam mais as já escassas hipóteses de realização da sessão (nem pensar em incluir, por exemplo, temas como “Os Vampiros” ou a “Menina dos Olhos Tristes”), foi o mesmo entregue na Câmara. A resposta apenas chegou no próprio dia do evento, às onze horas da manhã: apesar de já estar autorizada, a realização do espectáculo estava agora proibida!
Em entrevista ao Jornal de Viana do Alentejo, publicada no seu número 4 de Março/Abril de 1973, o Luís Filipe Branco conta as peripécias desses dias:
“Do dia 27 [de Fevereiro de 1973], ficaram todas as autorizações em ordem: na Secção de Finanças, na Câmara e na Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais.
No dia 28 recebemos uma comunicação assinada pelo chefe da Secretaria da Câmara, em que nos informava que teríamos que apresentar os títulos das canções. No dia 29 fui apresentar os títulos requeridos, mas como o chefe da Secretaria estava ausente, voltei no dia seguinte. Apresentei então as canções e fui informado de que era necessário um “visto superior” que o próprio Secretário iria requerer.
No dia do espectáculo, cerca das onze horas, veio a resposta definitiva, não o autorizando.”
Chegamos então ao dia 3 de Março. A vila, habitualmente calma e pacata, começou a ver-se repleta de gentes logo pela manhã, caras desconhecidas, muitos de cabelos compridos e com mochila às costas, uns de transporte próprio, outros vindos nos transportes públicos. A Praça da República e o largo em frente do Cine Teatro foram-se enchendo de gente. Entretanto também já tinham chegado a Viana alguns agentes da delegação de Évora da PIDE/DGS, comandados pelo célebre inspector Melo. A sua viatura de serviço, toda a gente a conhecia: um Volkswagen 1200 verde, com a matrícula FE-52-24. A Guarda Republicana, reforçada com elementos vindos de Évora e de outras localidades vizinhas, tentou impedir o acesso à vila; mas sem grande sucesso, uma vez que até a excursão organizada a partir de Évora conseguiu chegar a Viana.
Ao longo de todo o dia os organizadores desdobraram-se em tentativas que pudessem conduzir a um eventual desbloqueamento da proibição. A intermediação do então presidente da Câmara de Viana, José Carlos Guerreiro Duarte, não resultou, o Governo Civil estava encerrado e o chefe da Secretaria da Câmara, que na altura já vivia em Évora, não se encontrou ou não se deixou convenientemente encontrar.
Entretanto a tensão ia subindo. Ao cair da noite as pessoas não arredavam pé, já toda a gente sabia que o espectáculo não se iria realizar. Centenas de pessoas aglomeravam-se frente ao Cine Teatro: porque estar ali, uns ao lado dos outros num espaço que se queria público, em suposta transgressão perante um poder considerado arbitrário e ilegítimo era, por si só, já um acto de efectiva resistência.
Os acontecimentos precipitaram-se. A polícia política, acolitada pela Guarda, atarefava-se em mandar dispersar as pessoas que, porém, insistiam em não obedecer. Um jovem, armado com uma simples flauta, tocava perto dos ouvidos do Tarouca, um dos agentes da PIDE. O Melo arrancou-lhe o instrumento das mãos, lançou-o raivosamente ao chão e espezinhou-o. Por esse mesmo tempo cantava o Francisco Fanhais:
“Cortaram o bico, ao rouxinol, Rouxinol sem bico não pode cantar…”
A certa altura o chefe dos Pides sacou da pistola, puxou a culatra atrás e berrou ameaças. Um ano depois, a 18 de Maio de 1974 e passado que estava o pesadelo da ditadura, Nuno Gomes dos Santos, um dos elementos do grupo Intróito que a tudo isto assistiu, escrevia no jornal Diário de Lisboa:
“Foi em Viana do Alentejo, há tempos. Lá fomos, com as violas e as cantigas na bagagem. Era, apenas, mais um de entre os espectáculos em que participávamos regularmente, não em grandes salas, não com bilhetes a um preço exorbitante, mas para o povo, para quem não tinha oportunidade de ouvir senão o que de muito mau lhe davam, em regra, por uma rádio demasiado presa, por uma televisão completamente viciada. Que música tinha Viana do Alentejo? A que lhe davam essa rádio e essa televisão.
Foi por isso que fomos: o José Afonso, o Letria, o Intróito. Que as pessoas estavam entusiasmadas com o espectáculo que lhe apeteciam, via-se pelo movimento desusado das ruas, pelo aglomerado de gentes às portas do teatro. Mas as portas estavam fechadas, e assim continuariam por toda a noite. Não era só o povo que esperava por nós.
De pistola em punho, virada para a multidão, um senhor (?) dizia que ali não se ouviriam cantigas nenhumas. Outros homens (?), também armados, dissuadiram qualquer tentativa de quem queria cantar e de quem se sentia com o direito de ouvir.
Até as cantigas eram recebidas de armas nas mãos…
Por fim a multidão acabou por dispersar. Poder-se-ia pensar que a força tinha vencido a canção, mas não! O espectáculo não se tinha realizado, é certo, mas a mobilização que tinha provocado tinha-se constituído como uma muito bem sucedida acção de luta contra o regime. Mesmo silenciado, o “canto livre” ou “canto de intervenção” revelava-se possuidor de uma enorme eficácia política, nunca até então alcançada por qualquer outra forma de expressão artística. Mesmo com o bico cortado, o rouxinol tinha conseguido passar a sua mensagem…
Anos mais tarde seria o próprio Zeca Afonso a recordar este episódio como paradigmático:
“Algumas das minhas intervenções não se chegaram a concretizar porque a Pide as impedia. Houve sessões suspensas ou interrompidas pela polícia política no próprio local. Por vezes, os acontecimentos a que davam lugar estas interrupções, a repressão exercida sobre os dirigentes dessas colectividades e sobre mim próprio – como aconteceu, por exemplo, em Viana do Alentejo quando a Pide e a GNR vieram interceptar-nos -, funcionavam como estimulante de ordem política muito mais importante do que se houvesse uma intervenção cantada…”.
Até o próprio regime percebeu que tinha cometido um erro grosseiro ao proibir e reprimir algo que já tinha autorizado. Uns dias depois destes eventos, a 19 de Março, o então director-geral da Cultura Popular e Espectáculos, Caetano de Carvalho, dirigia ao ministro César Moreira Baptista uma curiosa exposição em que afirmava a determinado passo:
” Na semana passada, noticiou o jornal “República” que um grupo de jovens democratas ia organizar, em Viana do Alentejo, um espectáculo em que figurava como cabeça de cartaz um desses cantores políticos (José Afonso). Sucedeu que só foi possível intervir à última hora, quando já se encontravam centenas de pessoas junto ao local onde se ia realizar o espectáculo. Proibir o espectáculo em condições destas é também politicamente inconveniente.”
A repressão do regime não se ficou, porém, por aí. Ainda na noite de 3 de Março os organizadores da sessão foram levados para o posto da GNR de Viana onde foram longa e surrealistamente identificados e interrogados pelo cabo Mendes, indivíduo que, mais tarde, se veio a confirmar acumular aquelas funções com as de informador encartado da PIDE. Nos dias que se seguiram, em Évora, muitos dos participantes na jornada de Viana foram compelidos a comparecer na polícia política, onde também foram interrogados e ameaçados. Embora por motivos não directamente relacionados com o espectáculo de Viana, o próprio Zeca Afonso acabou por ser preso no dia 30 de Abril seguinte, tendo permanecido incomunicável na prisão de Caxias.
Pouco mais de um ano passado sobre os acontecimentos de Viana do Alentejo foi uma canção de Zeca Afonso que deu o mote para que, numa certa madrugada de Abril, todo um País cinzento e triste se tenha, de repente, alegrado e enfeitado de cravos vermelhos. Quarenta anos depois, vividas que foram algumas alegrias e, sobretudo, muitas desilusões, eis que ecoam de novo, mais claras e necessárias que nunca, as estrofes da canção:
“… terra da fraternidade. O povo é quem mais ordena. Dentro de ti, ó cidade!…”
Francisco Baião / Março de 2013
Fonte: http://www.aja.pt/sobre-um-concerto-em-viana-do-alentejo/
Fonte: capa da Stylist
Se o homem faz afirmações que não deve em Angola e colocamos em causa as negociações com os generais de Angola;
Se o homem faz afirmações sobre as taxas de juro que se deve atingir (suportáveis) no pós Troika e elas baixam logo.
Os mercados não lhe ligam.
Por isso, convém que fala mais e mais, para ver se algo acontece de melhor….
Viana do Alentejo Já
E a mostra da doçaria?
Para quando o cartaz?
Para quando o programa?
Falta menos de um mês e nada.
Toca a trabalhar!
Viana do Alentejo Já
Será que não há ideias para o assunto?
Dá para comer castanhas. Umas ideiazitas não ficavam nada mal.
Aceitam-se sugestões!
Viana do Alentejo JÁ
Noite de S. Martinho, promovida pela Junta de Freguesia de Viana do Alentejo, no Jardim do Rossio em Viana do Alentejo. Haverá oferta de castanha assada e água pé à população. A iniciativa conta ainda com muita animação:
Atuação do Grupo Coral Velha Guarda de Viana do Alentejo
Baile com Rui Chora.
Promotor: Junta de Freguesia de Viana do Alentejo
Apoio: CMVA
A Junta de Freguesia de Alcáçovas promove, no próximo dia 10 de novembro, a partir das 17h, no Mercado Municipal de Alcáçovas, a Festa de S. Martinho com oferta de castanhas assadas e água pé à população e animação musical durante a tarde:
Atuação do Grupo de Cavaquinhos do Alentejo
Baile com Jorge Nunes
Promotor: Junta de Freguesia de Alcáçovas
Apoio: CMVA
Obras no estaleiro de Viana do Alentejo já vinha do anterior executivo (mais de 4 anos) e ainda se encontram por terminar.
Porque é tudo tão difícil?
"Obras de Santa Engrácia"
Despacho: Inaugure-se mesmo assim.
Início: Final de 2012
Fim Previsto: 1º Semestre de 2013
Construtora: Marcelino & Rodrigues - Construções, Lda.
Montante total do investimento: 355.000,00 €
Montante suportado pela Autarquia: 355.000,00 €
Fonte Foto e Texto: http://www.cm-vianadoalentejo.pt/pt/conteudos/projectos+em+movimento/Estaleiro+Municipal.htm
Viana do Alentejo JÁ
Mais uma semana e nada de actas
Queremos saber o que se passa
Viana do Alentejo Já
A votação foi até dia 31. E o resultado quando é que se sabe?
Feira D´Aires nomeada para Mais Tradição
Provavelmente sim!
A última acta colocada no site é de 5 de Setembro.
Parece que nos diziam que íamos ver as actas da Câmara com maior rapidez.
Vá lá, já passaram 2 meses em relação à última.
Fonte: http://www.cm-vianadoalentejo.pt/pt/conteudos/actas/actas+das+reunioes+de+camara/2013.htm
Junta de Fregeusia de Viana do Alentejo - Sítio em Desenvolvimento
É o que diz no site.
Detesto sites em construção, ou melhor ainda, sítios em desenvolvimento.
Fonte: http://www.jf-vianadoalentejo.pt/